Instalações artísticas fazem espectador repensar o consumo do plástico
Estruturas de animais projetadas com sucata e um pavilhão aquático interativo faz com que o uso do plástico seja repensado através da arte
Em 2018, o plástico foi escolhido o material do ano pelo London Design Festival, evento britânico de referência no segmento, a fim de motivar o espectador a repensar o uso do objeto no futuro. Também neste ano, o plástico vem sendo considerado um dos principais inimigos do meio ambiente. O motivo é o tempo de decomposição: pode levar de 400 anos para se decompor, até nunca se desintegrar completamente.
Pensando nisso, novas formas de conscientizar a sociedade tem sido uma aposta de ativistas e artistas. Abaixo, separamos duas instalações artísticas que motivam o público a repensar no consumo.
Wild Wild Waste, de Artur Bordalo
O artista português Artur Bordalo, mais conhecido como Bordalo II, usou um motel abandonado em Las Vegas como palco para sua arte. Animais gigantes, feitos de sucata, ocuparam o terreno abandonado e compõem a exposição Wild Wild Waste – Selvagem desperdício selvagem, em tradução livre –, como parte da programação do festival de música e artes Life is Beautiful.
Bordalo é reconhecido por sua arte ativista, e suas obras buscam sempre alertar sobre abuso de animais, poluição e consumismo exacerbado. Em Wild Wild Waste, seis esculturas são expostas e foram feitas em parceria com a Justkids.
Um leão debilitado, deitado em um baú de caminhão; uma baleia presa em redes de pesca e rodeada por pneus velhos; pinguins cercados por lixo, a família de macacos e pandas, compostas por partes de um carro e os ursos em metal fazem parte das instalações, e são produzidas somente com lixo achado em fábricas abandonadas, centros de reciclagem e lixeiras.
Underwater Pavilions, de Doug Aitken
Desenhadas pelo artista Doug Aitken e pelo ativista Cyrill Gustch, Underwater Pavillons – pavilhões submarinos, em tradução livre – é uma instalação de arte que imerge no oceano e interage com mergulhadores e a vida marinha.
A instalação é uma parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles e consiste em três esculturas produzidas com pedras e superfícies espelhadas. Quando imersa 4 m abaixo do nível do mar, o pavilhão muda de posição de acordo com os movimentos da água. A incisão da luz também varia de acordo com os ângulos.
A principal preocupação de Doug é lutar pela preservação aquática, e foca sua carreira em criar projetos para a proteção dos mares, junto com a organização Parley For the Oceans, que atua na eliminação de plástico dos oceanos. Os ativistas pretendem espalhar outros pavilhões pelo mundo. Confira abaixo o vídeo da produção: