CASACOR SP 2017: Soluções sustentáveis da Casa de Vidro Renault
Boas ideias para o meio ambiente englobam o projeto do arquiteto Alexandre Dal Fabbro na mostra paulista
O investimento em alternativas sustentáveis é uma das premissas do arquiteto Alexandre Dal Fabbro. A preocupação com o futuro e a necessidade de criar projetos que contribuam para a preservação ambiental são valores levados a sério pelo profissional, que costuma apostar em trabalhos atemporais e funcionais com alta durabilidade, reduzindo assim a necessidade de reformas e adaptações que resultariam em impactos e resíduos. “Vivemos uma realidade em que devemos pensar como será o mundo daqui a trinta anos, pois os recursos naturais se esgotam”, explica Dal Fabbro.
Na hora de elaborar o ambiente da CASACOR São Paulo 2017, não foi diferente. O profissional levou a sustentabilidade para todas as esferas da Casa de Vidro Renault, usando estruturas reutilizáveis, recursos que permitiam luz e ventilação naturais, materiais que geram menos resíduos, entre outras soluções.
A casa foi criada do zero a partir de uma tática de montagem simples e prática que usa estruturas metálicas leves, que podem ser facilmente desmontadas e reutilizadas. “Desde o início, seguindo as orientações da Inovatech, buscamos usar um método construtivo rápido e eficiente, que pudesse ter seus elementos reaproveitados após o fim da mostra”, conta o arquiteto. A estrutura revestida com panos de vidro permitia a entrada de luz natural durante o dia e os eixos estrategicamente posicionadas facilitavam o fluxo da ventilação, dispensado o uso de equipamentos para a climatização. À noite, o ambiente era iluminado totalmente por lâmpadas em LED, contribuindo para o uso consciente da energia elétrica.
Para respeitar as exigências de preservação do Jockey Club, tombado pelo patrimônio histórico desde 2010, Dal Fabbro optou pelo piso elevado, que, além de não danificar o revestimento original em pedra portuguesa, também facilitava a desmontagem e reutilização do material após o termino da mostra. A escolha dos pisos também levou em conta o impacto ambiental. O profissional optou pelo engenheirado de madeira Hakwood, formado por uma fina capa de madeira maciça aliada a um compensado de madeira de reflorestamento – que evita o uso desmedido da matéria prima nobre e ainda é mais resistente a intempéries -, e pelo aglomerado cimentício, que aproveita sobras de outras obras na composição.
Após a desmontagem do ambiente, com o fim da CASACOR, boa parte dos materiais foram reaproveitados, incluindo a estrutura metálica, os vidros, pisos, móveis, cortinas, luminárias e até os jardins. As principais exceções foram as paredes de drywall, as bases de alvenaria e concreto para os pisos elevado, e uma pequena parte do piso da área externa que teve que ser assentado e não pode ser reutilizado.
No vídeo abaixo, você confere um time-lapse da montagem da Casa de Vidro Renault!