Bioplásticos: o que são, diferentes tipos e como usá-los no dia a dia
Sendo uma alternativa aos plásticos tradicionais, os bioplásticos têm se mostrado uma possibilidade favorável para o futuro do planeta
Oferecendo uma alternativa aos plásticos tradicionais, os bioplásticos, também conhecidos como biopolímeros, são derivados de materiais naturais renováveis.
O termo também se refere aos plásticos decorrentes do petróleo, mas que se biodegradam, e aos plásticos produzidos com base em fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, mas que não se biodegradam.
Considerando que, a cada ano que passa, cerca de um terço do plástico produzido polui diretamente a terra e o oceano – e também entra na cadeia alimentar –, os bioplásticos, em especial os biodegradáveis, têm se mostrado uma possibilidade favorável para o futuro.
Por isso, a seguir, entenda os diferentes tipos de bioplásticos e como algumas marcas os têm usado no dia a dia.
Diferentes tipos de Bioplásticos
Atualmente no mercado, é possível encontrar diversos tipos de bioplásticos, sendo os mais comuns o ácido polilático (PLA) e o politereftalato de etileno (PET). A seguir, conheça mais um pouco sobre esse dois tipos.
Bioplástico de poliácido láctico (PLA)
O poliácido lático (PLA) é um bioplástico produzido a partir de bactérias. No processo, elas produzem o ácido lático por meio do processo de fermentação de vegetais ricos em amido, como a beterraba, o milho e a mandioca.
Eles podem ser utilizados em embalagens alimentícias, cosméticas, sacolas plásticas de mercado, garrafas, canetas, vidros, tampas, talheres, entre outros.
Uma das maiores vantagens da PLA é o tempo da sua degradação que leva de seis meses a dois anos para acontecer. E quando é descartado corretamente transforma-se em substâncias inofensivas, porque é facilmente degradado pela água.
Politereftalato de etileno (PET)
Politereftalato de etileno, mais conhecido como PET, é um tipo de plástico bastante utilizado na fabricação de embalagens de garrafas, principalmente de refrigerantes, e de alguns tipos de tecidos.
Se forem descartadas incorretamente na natureza, as embalagens feitas de PET têm um processo de decomposição considerado longo e prejudicial ao ambiente, podendo permanecer no local entre 400 e 750 anos.
Bioplásticos no dia a dia
Marcas e designers continuam a explorar formas de fazer com que os bioplásticos afastem o mundo dos combustíveis fósseis. Confira alguns exemplos a seguir!
Body com paetês Radiant Matter, por Stella McCartney
A marca de moda britânica Stella McCartney lançou recentemente um macacão sem mangas enfeitado com lantejoulas bioplásticas feitas de celulose de árvore pela empresa de inovação de materiais Radiant Matter.
As lantejoulas foram desenvolvidas como um substituto para enfeites de plástico à base de petróleo, que a marca diz que podem conter substâncias químicas cancerígenas. A alternativa da Radiant Matter é feita a partir de celulose renovável extraída de árvores, que possui uma forma cristalina que reflete a luz e confere ao produto uma qualidade cintilante.
Kelp Mini Clutch, por JK3D
Composto por estruturas de algas encontradas ao longo da costa de Malibu, Califórnia, o Kelp Mini Clutch é uma bolsa de bioplástico impressa em 3D criada pela figurinista do Pantera Negra, Julia Koerner, para sua marca JK3D.
A sacola usa bioplásticos derivados de milho e soja para sua construção e é impressa em 3D para obter uma forma nervurada semelhante a uma lamela, que lembra a parte inferior dos cogumelos.
Embalagem alternativa de poliestireno, por Doppelgänger
O estúdio de design Doppelgänger desenvolveu uma alternativa à espuma de poliestireno feita de quitina – um biopolímero proveniente do exoesqueleto de larvas de farinha – e a transformou em copos, amendoins de espuma e outras embalagens.
O material se decompõe no solo em questão de semanas, de acordo com o estúdio, oferecendo qualidades de absorção de choque e resistência à água que rivalizam com sua contraparte à base de petróleo.