Foi da necessidade de inclusão e empoderamento feminino no mercado de trabalho e, principalmente, nas comunidades que surgiu o Coral Mulheres na Cor, projeto idealizado pela AkzoNobel que reúne empresas com o objetivo comum de transformar histórias femininas por meio da profissionalização.
O programa, que iniciou em junho, levará conhecimento e capacitação a mulheres em situação de vulnerabilidade, para que tenham melhores condições ao buscar oportunidades de trabalho.
A primeira turma piloto irá capacitar 16 mulheres como pintoras decorativas profissionais na cidade de São Paulo.
Considerando o segmento a que se destina essa turma do Coral Mulheres na Cor, de acordo com pesquisa realizada em dezembro de 2021 pela Abrapp, Associação Brasileira de Pintores Profissionais, elas representam apenas 10,5% dos membros da entidade, o que mostra que esse é um mercado no qual as mulheres ainda buscam por maior representatividade e têm muito a contribuir.
“Nós nos comprometemos com uma meta global de garantir, pelo menos, 30% de presença feminina em posições executivas até 2025. E olhar para todos os nossos esforços internos sendo traduzidos em programas como esse nos enche de orgulho e inspiração para continuarmos fazendo cada vez mais”, afirma Daniel Geiger Campos, presidente da AkzoNobel para a América Latina.
Para estimular a representação feminina na área, a AkzoNobel, por meio da sua marca Coral, buscou empresas que compartilham de seu propósito de ser agente de inclusão e transformação social, por meio da sustentabilidade. Entre elas estão: SENAI-SP, Bazar das Tintas, CASACOR, Dow Química, Oxiteno, Tintas MC, WACKER, Condor, Vonder, Atala Engenharia, Abrapp e a ONG Fazendinhando.
Conheça mais sobre o programa Coral Mulheres na Cor
O público-alvo da iniciativa são mulheres maiores de 18 anos, com escolaridade mínima do 4º ano do Ensino Fundamental, desempregadas ou com renda de até um salário mínimo, que são chefes de família com dependentes em idade escolar.
Para dar suporte às participantes durante toda a jornada de três meses, o Coral Mulheres na Cor conta com a parceria do Fazendinhando, movimento de transformação territorial, cultural e social que busca desenvolver a comunidade do Jardim Colombo e seu entorno, uma população de aproximadamente 15 mil moradores, em uma área de quase 15 hectares que integra o Complexo de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
A ONG apoiou a campanha para divulgar localmente o programa e atrair mulheres com o perfil procurado, auxiliou na seleção e inscrição e é o pilar de relacionamento do projeto, elo entre as empresas e as participantes.
“Estamos muito felizes com a parceria nesse projeto, pois beneficiará mulheres em situação de vulnerabilidade que, agora, encontrarão novos caminhos e possibilidades para a realização de seus sonhos. A maioria encontra-se desempregada: no Jardim Colombo, 73% das moradoras estão fora do mercado formal de trabalho, são chefes de família e buscam oportunidades. Esse será o início de importantes conexões, conhecimento técnico, empoderamento feminino e potencialização de mãos talentosas que lutam diariamente.”, afirma Ester Carro, arquiteta e ativista urbana, presidente da ONG.
Durante dez semanas, essas mulheres receberão um curso completo com conhecimento 360º sobre pintura, totalizando mais de 200 horas.
No decorrer do curso, as participantes receberão bolsa-auxílio, transporte, alimentação, uniforme e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) custeados pelas companhias apoiadoras.
Todas as formandas ganharão um kit de ferramentas manuais e elétricas, especialmente significativo para as que decidirem seguir jornada independente, com suporte para criar seus perfis e se juntarem à chamada Páginas Coloridas, plataforma digital que conecta consumidores que estão na jornada de pintura a profissionais de qualidade e confiança indicados pela Coral.
As mulheres também terão oportunidade, junto aos parceiros de empregabilidade, para uma possível recolocação no mercado, em empresas de construção civil, reformas ou pintura.
Mais do que trabalho, o Coral Mulheres na Cor busca levar autoestima e autonomia a esse grupo, almejando que sua capacitação tenha efeito multiplicador e inspirador na comunidade em que vivem.