SP-Arte 2023: SUITE Design apresenta a coleção Transbordar
A coleção Transbordar propõe uma costura entre design, moda e arte, questionando os perímetros entre os mercados
Com o objetivo de resgatar a memória do design brasileiro moderno, celebrar o design contemporâneo e sua circulação global e evidenciar os novos talentos, a SP-Arte, considerada o maior encontro de arte e design do país, contou com a presença de grandes nomes do cenário nacional, que exploraram as interseções destes universos.
Na edição de 2023, que aconteceu até o dia 02 de abril, no Pavilhão da Bienal, a SUITE Design, braço de design da SUITE Arquitetos, do elenco CASACOR, um dos escritórios de maior relevância do segmento, marcou presença na feira com o lançamento de coleções seriadas que celebram os 15 anos do escritório nesse encontro entre o design e arte.
Os sócios da SUITE Design – Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon – anunciaram o lançamento da coleção Transbordar, que traz uma edição seriada da Poltrona Lina, considerada um ícone do design, desenhada em 2017 para a Líder, empresa brasileira referência no segmento de decoração e mobiliário, e que completa cinco anos do seu lançamento.
A coleção propõe uma costura entre design, moda e arte, questionando os perímetros entre os mercados, e propõe um transbordar de fronteiras e diálogo entre cada uma das disciplinas.
“Com essa proposta, desenvolvemos cinco peças, que trazem acabamentos especiais, criamos tecidos junto de artistas, estilistas e designers, reforçando a costura entre mercados e a assinatura que valoriza o híbrido e reverencia a arte em suas múltiplas facetas”, explicam Carolina, Daniela e Filipe.
Além dos tecidos diferenciados desenvolvidos com a Srta. Galante, Nani Chinellato, Ecosimple e Adriana e Carlota Atelier, a emblemática bola de madeira, detalhe da poltrona, foi substituída por pedras naturais, nas versões bruta e lisa, retomando a existência do energético e da sintonia como o princípio de concepção.
“As formas orgânicas permitem permeabilidade, deformação e reformação, sugere bordas com limites mais fluidos e naturais. Assim como a água que é fonte de vida e não impõe sua forma nem cor, se adapta, ajusta e acomoda, o orgânico sugere essa possibilidade de transbordar e o renascer a cada momento”, destaca o trio.
O desenvolvimento das peças se deu a partir da investigação têxtil de práticas manuais milenares executadas no continente asiático e traz o valor e a vivacidade singular da artesania.
Seus grafismos e volumes exploram a intersecção de planos com alturas, densidades e texturas variadas, em leituras que remetem a interpretações de topografias, formações rochosas, crateras lunares e evocam a necessidade pelo natural a partir de suas cores e composições tonais.