O minimalismo na arquitetura é a arte de compor espaços com o mínimo de elementos possível (e não sentir falta deles). Para além de um estilo, o minimalismo é um lifestyle que prega que abrir mão do acúmulo de itens é sinônimo de mais liberdade e fluidez.
Esse movimento na arquitetura segue ganhando força. Mais e mais pessoas estão em busca de um espaço focado no aconchego acima do acúmulo de coisas, e na prática, isso representa uma relação muito mais íntima com o lar.
Para muitas pessoas, minimalismo é sinônimo de liberdade. Quando pensamos no design de interiores, isso também tem certa lógica: amplia a circulação, oferece ao morador o poder de saber exatamente onde estão suas coisas, entre outros benefícios.
Características do minimalismo na decoração
Existem algumas características que costumam guiar quem quer apostar no minimalismo para o lar. Apesar de não serem “regras escritas em pedra”, são caminhos possíveis que consagram um décor mais harmonioso e simples. Confira!
1. Menos é mais!
Fazer uma limpeza nas coisas e eliminar tudo aquilo que não é mais necessário é o primeiro passo para uma decoração minimalista. A ideia é apostar em poucos elementos, que sejam úteis no dia a dia, para evitar o acúmulo de bens e a famosa “bagunça”. Com isso, o espaço fica mais fluido e organizado.
2. Cores neutras
As cores também contribuem para a criação de emoções no ambiente e apostar em uma paleta neutra é uma boa pedida para um espaço minimalista. Se por um lado uma paleta vibrante passa a sensação de agitação, uma neutra é capaz de transmitir paz e calmaria. Para esses casos, é importante apostar em cores harmoniosas e texturas para não deixar o ambiente sem graça.
3. Organização
Manter o espaço organizado é fundamental. No minimalismo, a bagunça é vista como perda de aconchego, já que impacta na circulação e acolhimento do ambiente. Deixar as coisas em seu devido lugar é a melhor saída.
4. Texturas
O uso de diferentes texturas é bem-vindo no estilo minimalista – especialmente em relação a tecidos e revestimentos que chamem ao toque ou resgatem a natureza. No projeto de Fernanda e Flávia Ogata exibido acima, as fibras naturais e o uso de plantas na decoração contribuem para um espaço mais harmonioso.
Por que a decoração minimalista está em alta?
Nunca se falou tanto sobre o minimalismo como nos dias de hoje. No Google, a pesquisa por “minimalismo” teve alta em 2020 e manteve a média de buscas mensais pelo assunto em um parâmetro maior do que nos últimos cinco anos. Mas o que está impulsionando a procura por esse movimento?
Não é coincidência que o aumento de busca pelo termo coincidiu com o início da pandemia no Brasil. À medida que mais pessoas ficaram em isolamento em casa, o desejo de transformar os espaços onde moram também cresceu.
O minimalismo entrou em cena como um verdadeiro alento para reconectar as pessoas a seus lares, pois está muito mais focado no “habitar com bem-estar” do que qualquer outro estilo.
Outro ponto são as moradias pequenas. Em 2019, o número de apartamentos no Brasil ultrapassava 10 milhões, segundo dados da PNAD. Sem dúvidas, essa quantidade aumentou, e a verdade é que os apartamentos pedem um aproveitamento estratégico de cada espaço. O minimalismo surge como uma ferramenta para manter espaços pequenos otimizados, organizados e bem aproveitados.