Casa de praia repleta de plantas se integra à mata nativa do entorno
Em São Sebastião, Ricardo Abreu – do elenco CASACOR SP – cria um refúgio onde o verde é o protagonista
O casal formado por uma brasileira e um inglês pesquisou todo o litoral paulista até encontrar esta casa de praia repleta de plantas de 220 m² na praia de Maresias, em São Sebastião. O pedido para o arquiteto Ricardo Abreu, do elenco CASACOR SP, foi claro: era preciso trazer a mata nativa para dentro da casa.
“Curiosamente, o projeto original não permitia uma relação direta com a mata. As aberturas estavam voltadas apenas para os recuos laterais, e aos fundos, um telhado extremamente baixo com telhas cerâmicas impedia a vista da copa das árvores”, conta o profissional.
No piso térreo, todo o espaço foi integrado, criando uma sala ampla, iluminada e agora voltada para a exuberante vegetação nativa. “Removemos o telhado dos fundos e criamos uma grande varanda, com área gourmet e um SPA embaixo da copa das árvores”, explica Ricardo.
Todos os materiais empregados buscaram uma melhor proximidade com a natureza, com o uso de pedras naturais, cerâmicas e ladrilhos hidráulicos. Nos pisos internos, o porcelanato provê praticidade e todas as bancadas foram construídas com concreto e aplicação de cimento queimado para garantir um aspecto rústico, sem perder a contemporaneidade.
Com a derrubada de paredes do térreo, novas vigas e pilares de estrutura metálica foram estrategicamente posicionados para sustentar o andar superior. O lavabo e área de serviço foram para a frente da casa.
“A cor que predomina na casa é sem dúvidas o verde. Nas fachadas, marcenarias da cozinha, nos revestimentos cerâmicos do banheiro e nos ladrilhos hidráulicos, a cor predomina”, conta o arquiteto.
As plantas invadem o interior em composições escalonadas de bromélias nativas, lírios, samambaias, pacovás e ficus. Helicônias, marantas e outras herbáceas se misturam a cactos mandacarus e frutíferas como o cajá-manga. Na área externa, palmeiras cicas, ráfias, arecas e coqueiros reforçam a exuberância das árvores nativas.
Na decoração há poucos elementos, predominando o artesanato brasileiro. Luminárias de fibra de bananeira e cestarias fazem companhia a objetos adquiridos de artistas da região. No mobiliário, peças vintage garimpadas se mesclam com outras clássicas, como a cadeira Girafa da Lina Bo Bardi.
O tapete de fibra de sisal acolhe a área de convívio e reforça a simplicidade buscada no projeto. Na cozinha, a mesa de jantar e os bancos vieram de Londres, peças que o casal carrega desde sua primeira morada na Inglaterra.