Já fazem 40 anos desde que os murais da pequena cidade italiana de Diamante começaram a aparecer com mais e mais cores. Hoje, mais de 300 grafites preenchem o centro histórico da vila na província de Cosenza – um verdadeiro museu a céu aberto com direto à vista para o mar.
Dos becos da vila aos murais à beira mar, as pinturas expressivas podem ser admiradas em grandes proporções, revelando a vocação artística da cidade. Localizada no coração da Riviera dei Cedri, pela cidade já passaram poetas, escritores, jornalistas, historiadores e revolucionários que deixaram sua assinatura ou verso nas paredes.
Com apenas cinco mil e duzentos habitantes, a cidade resguarda o charme de uma vila histórica que se liga à contemporaneidade através do street art. E tudo começou quando o pintor genovês Nani Razetti teve a ideia de convocar 85 artistas de todo o mundo para pintar todo o centro histórico de Diamante em 1981. Entre eles, estão os artistas Pablo Atchugarry e Baruch Kadmon.
À época, Razetti já compreendia o potencial urbano e turístico deste projeto artístico. Ainda em vida, ele pronunciou: “Onde não há interesse pelo patrimônio artístico, histórico e ambiental, a intervenção da pintura mural e da arte urbana pode despertar o desejo de conservação do patrimônio que ganha vida através dos muros”.
Fonte: Corriere della Sera