O icônico Palácio Pereira, no Chile, é uma mansão de arquitetura neoclássica que estava abandonada desde o século XIX. Para aproveitar o local e dar-lhe um novo uso, os arquitetos Cecilia Puga, Paula Velasco e Alberto Moletto entraram em cena para comandar uma reforma no local que o transformou em um conjunto de escritórios cuja função será de servir como sede do Ministério da Cultura do Chile.
O edifício foi projetado em meados de 1800 e leva assinatura do arquiteto francês Lucien Hénault. O trio de arquitetos à frente da reforma decidiu manter boa parte da arquitetura preservada, mas optaram por acrescentar toques contemporâneos em locais do Palácio que estavam destruídos. “Não priorizando a nova intervenção nem o caráter dos elegantes destroços do Palácio Pereira”, justificam os especialistas.
Para restaurar o pátio original – que estava parcialmente demolido –, os arquitetos lançaram mão de uma grade complexa de pilares de concreto que lhe deu uma nova aparência. O que antes servia como passagem para os diferentes quartos dos familiares e também separar as dependências das áreas de serviço, hoje foi remodelado em níveis de escritórios com vidros do chão ao teto.
“Dada a queda de mezaninos originais em muitas áreas do edifício, como as destinadas ao refeitório público e à livraria, deixamos a estrutura do edifício exposta e em altura total sem reconstruir tetos ou cobrir as superfícies”, afirmam o arquitetos.
O Palácio passou a ser considerado como Monumento Nacional Histórico a partir de 1981, e já havia passado por diversas degradações, com danos causados por terremotos e após o golpe de Estado de 1973.
Em 2011, o Palácio Pereira foi comprado pelo governo que abriu um concurso para converter a antiga mansão no escritório do Ministério da Cultura. O local será um dos espaços voltados para a Convenção Constitucional do Chile, em que uma nova constituição será escrita para o país após os protestos e motins que começaram em outubro de 2019.
Fonte: Dezeen