Famosa mundialmente, a Expo Osaka recebe projetos que se destacam no mundo inteiro com propostas de inovação, tecnologia e sustentabilidade. O Brasil já tem um nome (e projeto) que irá representar o país na próxima edição da mostra, em 2025: Marcio Kogan.
O arquiteto, fundador do escritório MK27, venceu o concurso realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) para levar o Pavilhão Brasil para a Expo Osaka 2025. O projeto é encabeçado pelos profissionais dos escritórios MK27 e Magnetoscópio que, além de Kogan, tem os arquitetos Renata Furlanetto e Marcello Dantas como autores. A proposta vitoriosa representará uma imagem brasileira de sustentabilidade, acessibilidade e tecnologia.
“As Exposições Universais são uma chance de mostrar o que temos de melhor em nossa brasilidade, é uma forma de projeção da imagem do país”, disse o presidente da ApexBrasil e Comissário-Geral do Brasil para a Expo Osaka 2025, Augusto Pestana.
Um pavilhão para todos
O projeto de Marcio Kogan foi bem recebido pela comissão julgadora por trazer uma temática de grande interesse atualmente: a sustentabilidade.
Seu acesso por rampas foi observado pela comissão como um aspecto positivo, por ampliar a acessibilidade e a possibilidade de circulação do grande público, bem como seu espaço frontal aberto, que permitirá que a programação cultural seja admirada e percebida de diferentes ângulos.
“Uma ocasião como essa é muito importante para a arquitetura brasileira contemporânea. As Exposições Universais acontecem há quase 200 anos e têm o papel de mostrar aos visitantes do mundo todo marcos temporais em arquitetura e tecnologia”, destacou o vice-presidente do IAB, Rafael Passos.
O que é a Expo Osaka 2025?
A Expo Osaka é uma mostra de arquitetura que reúne talentos do mundo todo. As Exposições Universais são atualmente realizadas a cada cinco anos. O objetivo é informar, entreter e principalmente surpreender o público visitante impactando-os com temas relevantes e atuais. Têm como sua maior atração os pavilhões nacionais construídos pelos países participantes.
O tema central da Expo Osaka é “Designing Future Society for Our Lives” (em tradução: Projetando a sociedade do futuro em nossas vidas), havendo ainda três subtemas: “Saving Lives” (Salvando Vidas), “Empowering Lives” (Emponderando Vidas) e “Connecting Lives” (Conectando Vidas), que dividem geograficamente o parque de exposições.
O Pavilhão do Brasil estará localizado no distrito “Empowering Lives”. Desde a Expo Xangai 2010, a ApexBrasil recebe do governo brasileiro a missão de liderar a participação do país nesses eventos.
Outros vencedores
De acordo com o parecer da comissão julgadora, apresentado pela arquiteta Gabriela Bilá, o projeto vencedor é uma proposta experimental, com temática de grande interesse e atualidade. “Sua estrutura suscita a agenda da sustentabilidade, com grande capacidade de atração de público”, disse Gabriela.
Em segundo lugar, esteve o projeto inscrito pelo arquiteto Thiago Manuel Bernardes, do elenco CASACOR, natural do Rio de Janeiro (RJ), que apresentava a ideia do Brasil como uma potência ecológica. Assim, o pavilhão se propunha a ser um horizonte natural da Floresta Amazônica a partir do tema da agrofloresta desenvolvida pela colônia japonesa em Tomé-Açu, no interior do Pará.
Já em terceiro lugar o projeto enviado por Fábio Henrique Faria, de Curitiba (PR). Teve destaque ainda o projeto inscrito pela arquiteta Marina Rosenberg, de São Paulo (SP), e menção honrosa à obra assinada pelo arquiteto Eder Rodrigues de Alencar, de Brasília (DF).