Às margens do rio Atibaia, em São Paulo, Charlotte Taylor e Nicholas Préaud imaginaram uma casa dos sonhos com inspiração no modernismo de Lina Bo Bardi, em especial a Casa de Vidro, residência que construiu e habitou com seu marido nos anos 50.
Em uma série de renderes ultrarrealistas, a dupla lança sua primeira colaboração com a Casa Atibaia. Composta por um volume de concreto e vidro elevado, a casa é considerada um exemplo significativo do modernismo brasileiro.
Com a premissa de coexistir com a paisagem, a Casa Atibaia habita a vegetação ribeirinha sem se impor na natureza, fazendo dela parte de sua arquitetura.
Para a dupla, o modernismo brasileiro é a perfeita representação de viver no interior com a ilusão de estar do lado de fora. Assim, toda a casa foi selada por fachadas de vidro de esquadrias pretas, que criam uma série de movimentos curvos e elegantes, além de emoldurar o verde natural.
A força da Casa Atibaia reside no equilíbrio entre sua essência delicada e fresca e o aspecto mais bruto dado, sobretudo, pelo concreto. A estrutura da casa segue os princípios geométricos modernistas, mas se abre para um amplo pátio interno orgânico, que se curva e responde à vegetação circundante.
A linguagem brutalista também ganha forma nas rochas preexistentes, essenciais para a estrutura da casa e ao redor das quais esta foi construída. As rochas também ocupam o interior de forma funcional, sendo ponto de convergência visual no banheiro e no quarto, que foram esculpidos a partir de sua forma.
O projeto de interiores é composto por uma variedade de peças modernistas, itens de antiquário e adições contemporâneas com nomes como Pierre Augustin Rose, Charlotte Perriand e Pierre Chapo.
Na sala, um sofá curvo creme acompanha um par de poltronas inclinadas e um abajur de sanfona. Cadeiras de madeira com encosto alto cercam a ilha de pedra na cozinha adjacente.
– (Charlotte Taylor e Nicholas Préaud/CASACOR)
Como a Casa de Vidro de Bo Bardi, a Casa Atibaia apresenta uma estrutura de concreto branco e amplas janelas de vidro. No entanto, em vez de pilotis, a casa seria elevada por enormes pedras irregulares que se projetam terreno abaixo.
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