A Casa Arca, projeto de Marko Brajovic – o tradutor da natureza em arquitetura -, recebeu este nome pelos moradores da região que compararam a casa a um navio no meio da Mata Atlântica. Baseado nas construções do povo Asurini, Médio Xingu, o projeto foi instalado como objeto autônomo em meio à natureza, com mínimo impacto no meio ambiente.
O método construtivo começa de cima para baixo, pelo teto. Para este efeito de baixo impacto, utilizaram estruturas autoportantes na cobertura, paredes laterais e acabamentos. Os módulos de aço carbono, alumínio e zinco são leves e podem ser montados e desmontados em menos de uma semana.
O interior só foi montado após a parte estrutural ter sido finalizada. Isso porque, por ser uma residência móvel, é preciso considerar as especificidades do local que ela se encontra.
Incidência solar, vento e vista definem as posições dos móveis. O time de profissionais afirma que as divisórias foram marcadas, no momento, com fita crepe. A espontaneidade é uma maneira de permitir que a casa se adapte ao seu ocupante, mesmo depois de pronta.
A ideia é que a casa seja utilizada para o lazer daqueles que desejam desfrutar de um final de semana em um ambiente muito confortável, ou para aqueles que desejam realizar imersões criativas em engenhos conectados à natureza. Para essa segunda opção, as camas se transformam em sofás e os quartos em salas de produção.
A Casa Arca está localizada na cachoeira Perequê, na fronteira com o Parque Nacional de Bocaina e a 10 km da charmosa cidade colonial Paraty, conhecida por sua enorme herança cultural e riqueza natural.