Bjarke Ingels Group projeta um museu de relojoaria em formato de espiral
Situado na cidade suíça de Le Brassus, a surpreendente forma do Musée Atelier Audemars Piguet permite que os turistas se movam intuitivamente pelo espaço
Um edifício literalmente retorcido, cujo interior parece algo como cair na toca do coelho de Alice no País das Maravilhas: esse é o Museu Atelier Audemars Piguet. Assinado pelo arquiteto Bjarke Ingels – fundador e diretor da empresa internacional AD100 BIG -, o espaço é um museu, oficina e arquivo para a marca suíça de relógios de luxo Audemars Piguet.
Localizado na pequena cidade de Le Brassus – onde a relojoaria nasceu e mantém sua sede – e aninhado na paisagem do Vallée de Joux, o museu está todo alojado dentro de um edifício em espiral duplo, em que o telhado verde se torna uma passarela sobre a fachada de paredes de vidro curvas.
Os ambientes no interior sinuoso também são separados por paredes de vidro, permitindo uma visão completa da relojoaria. O novo museu fornece uma conexão direta com a casa renovada de seu fundador – uma estrutura histórica que é o berço da oficina de relógios Audemars Piguet.
Ingels imaginou o projeto como uma extensão metafórica de um relógio Audemars Piguet. “Você tem uma espiral, quase como uma mola pairando sobre sua cabeça”, explica o arquiteto. O edifício de 2.400 m² permite que os visitantes se movam intuitivamente por seus círculos concêntricos de espaço expositivo. Um painel de latão com aço em formato de favo de mel reveste e o exterior para fornecer sombra quando necessário.
“Na relojoaria, muito dos esforços estão no que você poderia chamar de obter o máximo de impacto com uma quantidade mínima de material”, diz Ingels. “A ideia é parecida com essa estrutura, e como o vidro carrega todo o teto sobre nossas cabeças, o museu é quase uma obra aberta. Nada está escondido, todos os elementos que você vê são funcionais e fazem parte dos círculos concêntricos. ”
Via Architectural Digest