Naturalidade: o espaço de Consuelo Jorge para a 33ª edição da CASACOR São Paulo não poderia começar a ser descrito de outra forma. Todos os elementos do espaço conversam na mesma sintonia de privilegiar o que remete ao natural, tendo sido concebidos em materiais que podem ser reaproveitados ao final da mostra.
“Usamos pedras nacionais, fibras e laminados de bambu como revestimentos e acessórios: além de conferirem o toque acolhedor, esses itens foram escolhidos segundo critério de menor impacto na natureza”, conta a arquiteta.
Os 101 m² abrigam quarto, living e banheiro em ambientes integrados. Em uma atmosfera sofisticada e calorosa, Consuelo buscou resgatar o conceito de refúgio urbano, reaproximando o homem da natureza.
A cama representa o refúgio. Em tablado, no centro, é composta por um dossel com tecido, que reforça a sensação de acolhimento.
Através da utilização de materiais naturais, como a madeira de bambu e a pedra, a naturalidade mantém sua atemporalidade, mesmo que em comunhão com revestimentos modernos. Assim, foi criado um espaço contemporâneo, com formas envolventes e puras, que se contrapõem ao ritmo acelerado da cidade e reforçam a sensação de proximidade com a natureza.
A escolha dos revestimentos priorizou por tons quentes e terrosos, em contraste com o cinza claro como pano de fundo neutro. A arquitetura foi totalmente planejada para proporcionar ao ocupante a sensação de acolhimento, especialmente através do forro inclinado de madeira de bambu, que aquece o ambiente e provoca uma percepção estética diferenciada.
Os visitantes são recebidos pela extraordinária obra de arte do fotógrafo Leopoldo Plentz, intitulada Exceção à Regra, em destaque na ponta da mesa de jantar. A parede da cozinha é revestida de mármore, seguida por um espelho na parte superior, que reflete a iluminação, proporcionando profundidade ao ambiente e destacando a arquitetura do espaço.
O papel de parede que remete ao concreto, bem como os tapetes em fibras naturais, pedras nacionais, tecidos em linho, vasos em porcelana e argila, dialogam harmonicamente entre si e com a arquitetura, criando assim, um espaço intimista que serve de amparo e de proteção